30.4.09

Capital de risco está de olho em empresas em expansão

O dinheiro não acabou. Empresas de internet que têm perspectivas de crescimento estão na mira dos fundos de capital de risco, que correm atrás daquelas que já são rentáveis e que mostram que podem multiplicar a receita em pouco tempo.

"Os novos investimentos não são para sobrevivência das empresas, são para garantir o crescimento, o que é uma diferença muito importante do que vinha acontecendo no mundo de internet", afirmou à Reuters em entrevista recente o vice-presidente de Operações da Eccelera, Mordejai Goldenberg.

Nos próximos dois meses, a Eccelera, empresa de investimentos em internet na América Latina do grupo venezuelano Cisneros, deve anunciar aportes de até 2 milhões de dólares cada em mais duas empresas, aumentando o portfolio para 10 companhias.

Além de investir em empresas com receita de até 5 milhões de dólares, outro critério da Eccelera para fazer um aporte é "não investirmos em portais".

Todas as beneficiadas têm uma atuação marcante no segmento de tecnologia, como a Eccentia, que adapta programas para computadores de mão, e a Digicall, que desenvolve dispositivos para serviço de segurança por telefone.

"Estamos interessados em equipamentos específicos para áreas de telecomunicações móvel e fixa e na otimização de transmissão de dados" disse Goldenberg.

Um dos futuros projetos da Eccelera é na área de acesso à internet em banda larga por rádio, como antecipou o executivo, sem mencionar nomes de empresas.

Coincidência ou não, o provedor gaúcho Zumnet, que tem no Rio Grande do Sul 600 clientes corporativos em uma rede própria de banda larga por rádio, anunciou que deve concluir a segunda rodada de investimentos nos próximos 60 dias.

Atuando há quatro meses em São Paulo, a Zumnet já tem 60 clientes na capital, prevê receita de 2 milhões de reais este ano e quer levantar com um grupo de investidores 15 milhões de reais para um plano de negócios de dois anos.

Quando o negócio se prova muito bom, torna-se irresistível para os investidores, como foi o caso da E-Commerce para a Eccelera. O fundo correu atrás e atualmente é sócio da empresa de software bancário que passou de uma receita de 1 milhão de dólares em 1999 para 3 milhões de dólares em 2000. A previsão para este ano é de 7 milhões de dólares.

"Ainda existe uma parte expressiva de investidores interessados em investir", declarou Goldenberg. A Eccelera pretende incluir no seu portfolio mais dez empresas até maio de 2002 utilizando parte dos 25 milhões de dólares que ainda restam dos 40 milhões de dólares que o grupo Cisneros havia destinado para esse fim.

Outros 60 milhões de dólares do grupo venezuelano estão separados para integrar novos fundos de investimentos em parceria. A idéia original era a de montar um grande fundo de 300 milhões de dólares a 500 milhões de dólares.

Segundo Goldenberg, a dificuldade de atender a todas as necessidades burocráticas dos parceiros interessados levou a uma revisão dos planos e ao novo projeto de lançar cinco diferentes fundos de 100 milhões de dólares cada. "No mínimo um fundo deve sair ainda este ano", disse.

Ele afasta dificuldades de atrair capital de risco para a internet brasileira. "Não há nenhuma razão porque a América Latina deveria receber menos investimentos do que a Ásia", declarou. "Se quiser diversificar o portfolio de maneira inteligente, não posso ignorar a América Latina", disse.
 

Regulamentação é resposta à crise e à maturidade dos fundos de capital de risco no Brasil

A regulação do mercado de Private Equity e Venture Capital esteve na pauta de discussões do maior evento da América Latina do segmento, o ABVCAP 2009. Promovido pela Associação Brasileira de Venture Capital & Private Equity, o evento reuniu, entre os dias 14 e 16 de abril na cidade de São Paulo, empresas e investidores presentes no Brasil. Com apenas 16 anos de atividades, a indústria brasileira discute a necessidade de uma maior padronização e transparência do setor. Como entidade representante do setor, a ABVCAP desenvolve, junto à Associação Nacional de Bancos de Investimento (ANBID), a implantação do Código de Melhores Práticas de Autorregulação de fundos de investimentos com objetivo de investir em longo prazo no país, como os Fundos de Participação (FIPs).

O debate é um dos indicativos da maturidade em que estão entrando os investimentos em capital de risco no Brasil. De acordo com o presidente da ABVCAP, Luis Eugenio Figueiredo, em dezembro de 2008, o volume de capital comprometido para private equity e venture capital atingiu cerca de US$ 27 bilhões, recorde histórico para o Brasil. No final do ano passado, a maior parte dos recursos estava alocada em 550 empresas investidas, e um montante relevante de US$ 11 bilhões ainda estava disponível para a realização de novos investimentos. "Apesar dos impactos causados pela crise mundial, um dos principais diferenciais para o Brasil continuar recebendo investimentos de fundos de capital de risco é a estrutura de endividamento das empresas, pois em outros países, elas estão muito alavancadas e investem através da realização de dívidas", explica.

De acordo com Figueiredo, o potencial de crescimento por aqui ainda é muito expressivo. "Os fundos de pensão brasileiros alocam menos de 3% de seus ativos em investimentos de private equity e venture capital, ante uma média de 10% nos países desenvolvidos", justifica. No entanto, os efeitos negativos da restrição de crédito chegaram por aqui e estão impactando, principalmente, os projetos que estavam em fase de captação ou que já em fase de desinvestimento. Para os fundos investidos nesses projetos as conseqüências são obstáculos para continuar seu cronograma de desenvolvimento ou uma necessidade de permanecer um pouco mais com o ativo.

A própria indústria brasileira já vinha desenvolvendo seus próprios mecanismos de captação. O SEBRAE possui um programa de capital de risco. Ele investe atualmente em 8 fundos e 71 empresas, e também dá apoio institucional na condução de políticas públicas para o setor. Segundo o gerente da unidade a acesso a serviços financeiros da SEBRAE Nacional, Alexandre Guerra de Araújo, Gerente da Unidade a Acesso a Serviços Financeiros da SEBRAE Nacional, apesar do alto grau de informalidade detectado no Brasil, os níveis de empreendedorismo e engajamento na atividade empresaria são elevados. 

Outro mecanismo é o programa da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), os projetos da Subvenção Econômica, a PAPPE, o Inova Brasil e o Juro Zero, que oferecem recursos financeiros, assim como os programas Prime e Inovar, que além de fornecerem o capital usual, fornecem também o capital inteligente, composto por fundamentos de gestão empresarial e governança corporativa. O Projeto de Lei nº 1913/2008 é outro incentivo ao desenvolvimento a essa indústria brasileira. Ele dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no Estado do Rio de Janeiro, ampliando de 1% para 20%, o percentual de recursos que poderão ser aplicados pela FAPERJ em fundos públicos ou privados com foco no desenvolvimento de projetos voltados à inovação.

 
Com o tema "Investimentos de Longo Prazo: Novos Tempos, Novas Ideias, Grandes Oportunidades", a o Congresso ABCAP 2009, a regulamentação do setor responde aos anseios dos empresários a debater as melhores formas de garantir esses desenvolvimento de longo prazo. O presidente da ABVCAP observa que esse esforço não se trata de um código das Associações, ou dos gestores para os gestores, mas de um código proposto pelas Associações que, uma vez implantado, será o código do mercado – compatibilizado com a legislação brasileira em especial as instruções CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e as resoluções do Conselho Monetário Nacional e Secretaria de Previdência Complementar. "Para ter de fato a configuração abrangente de um código de mercado, o Código de Autorregulação ABVCAP – ANBID será regido por um Conselho com representantes de investidores e de empresas investidas, além dos gestores e instituições financeiras e agentes do mercado em geral, conta Figueiredo. Antes do lançamento do Código haverá uma consulta a investidores e especialistas.
 
 

Ideias inovadoras têm R$ 100 mi para investimento de fundo

A expectativa é de que 50 empresas, com receita entre zero e R$ 6 milhões por ano, recebam capitais até novembro de 2011.
 
Em momentos de escassez de crédito, ideias inovadoras podem ser uma alternativa na busca por investimentos. Durante congresso da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCap), foi apresentada a estratégia de um fundo de venture capital, ou capital semente, Criatec, que tem R$ 100 milhões para desenvolver projetos inovadores. Em palestra realizada na última quarta-feira, o responsável pelo fundo, Robert Binder, informou que cerca de 680 empresas já apresentaram suas concepções no intuito de conseguir o aporte.

Segundo Binder, em 16 meses, o Criatec aprovou o investimento em ideias de 16 empresas diferentes, das quais, nove já receberam o capital. A expectativa é de que 50 empresas, com receita entre zero e R$ 6 milhões por ano, recebam os aportes até novembro de 2011. Dessa forma, a empresa não precisa sequer estar constituída — basta ter uma proposta inovadora com viabilidade econômica para concorrer aos valores.

"A produção científica do Brasil tem aumentado de forma consistente nas últimas décadas, no entanto, o aumento de patentes é marginal e não reflete nossa produção científica", declarou Binder. De acordo com ele, o Brasil é o segundo país menos inovador do mundo, apesar de produzir 2% de todo o conhecimento científico.

Os projetos mais recebidos pelo fundo são do ramo de nanotecnologia, TI, biotecnologia, energia e agronegócio e, geralmente, são proveniente de Campinas, Florianópolis, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza e Recife. Como exemplo de um projeto bem sucedido apoiado pelo fundo Criatec, Binder comentou sobre a Rizoflora da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, que desenvolveu um produto "biodefensível" para controlar a proliferação de parasitas no ambiente agrícola.

Segundo Binder, o empreendedorismo nacional é oportuno, e também necessário, já que as fontes criadoras de tecnologia não recebem o capital necessário para dar partida aos seus projetos.
 

24.4.09

14 % des entreprises comptent réduire leurs dépenses de R&D en 2009

Ce n'est pas une surprise. Selon la sixième enquête annuelle du Boston Consulting Group (BCG), rendue publique cette semaine, et le rapport « Innovation 2009 : Making Hard Decisions in the Downturn », les préoccupations économiques actuelles pèsent sur les plans d'innovation des entreprises, à l'échelle mondiale. En effet, 14 % d'entre elles prévoient de réduire leurs investissements en 2009. Et seules 58 % des sociétés sondées dans cette étude projettent de l'augmenter, mais légèrement, soit le plus bas pourcentage jamais atteint.

En outre, la focalisation de l'innovation a bougé. Dorénavant, l'accent est mis davantage sur la réduction des coûts de production. Nombre de sociétés cherchent à diminuer le coût global de l'innovation, notamment en économisant sur le développement. « Les pressions économiques font que les entreprises repensent tous les aspects de leur activité, innovation comprise. Mais il s'agit d'y parvenir sans sacrifier le long terme », commente Olivier Tardy, directeur associé senior au BCG à Paris. A l'image d'Apple, de Google et de Toyota qui ressortent comme les plus innovantes selon cette enquête, « les véritables leaders de l'innovation se focalisent sur la manière d'en profiter pour dépasser leurs concurrents, par opposition à se demander comment survivre ».

Malgré tout, 64 % des 2.700 dirigeants interrogés, issus de toutes les régions du monde et toutes industries confondues, déclarent toujours placer l'innovation parmi leurs trois priorités stratégiques et la considèrent comme critique pour la compétitivité à long terme. De fait, pour la quatrième année consécutive, les entreprises innovantes ont créé plus de valeur que les autres en 2008.

Evidemment, ce sont les activités à fort degré technologique, notamment les télécommunications, qui vont encore bénéficier de dépenses de R&D en augmentation significative.

source : http://www.lesechos.fr/info/metiers/4856733-14-des-entreprises-comptent-reduire-leurs-depenses-de-r-d-en-2009.htm

21.4.09

Crédit Agricole : Les éco technologies éveillent l'intérêt des fonds

Leur part dans le financement de l'activité demeure modeste, mais les montants investis sont en très forte hausse.
 
Le 27 mars, le fonds de pension danois ATP, qui gère 47,7 milliards d'euros, a annoncé qu'il allait investir 292 millions d'euros dans Hudson Clean Energy, un fonds spécialisé dans les «cleantechs» (écotechnologies). Jamais ce secteur n'a autant attiré les fonds.
 
En 2008, ils ont investi 11,74 milliards de dollars dans plus de 660 entreprises d'après Thomson Reuters. Soit une hausse de 42 % par rapport à 2007, alors que les fonds réduisaient drastiquement la voilure ailleurs. En 2001, le « private equity » (capitalinvestissement) n'avait consacré que 906 millions de dollars aux énergies renouvelables.
 
En France, le gâteau (135 millions d'euros en 2008) est partagé entre les spécialistes du métier, comme Aloe, Demeter ou Emertec, et les généralistes, qui ont dédié une part de leur activité aux « cleantechs », à l'image d'Axa Private Equity, AGF et Crédit Agricole Private Equity. L'explosion des montants investis s'explique aisément, d'après Bernard Maître, le président du directoire d'Emertec, dont le premier fonds « cleantech » a été lancé en 2003 : « Il ne s'agit pas d'un phénomène de mode. Tout est à réviser en matière d'environnement : la construction, le transport, la production, le stockage d'énergie? Les opportunités sont innombrables. » Jusqu'à la plus incongrue.
 
Comme la micro-algue alimentée au sucre, que produit la start-up girondine Fermentalg dont Emertec détient une part du capital. Si, dans un premier temps, Fermentalg produira des huiles du type oméga 3, « on pourrait imaginer à moyen terme en tirer du biocarburant dont le rendement énergétique serait bien supérieur à celui des végétaux habituellement utilisés », explique Bernard Maître.
 

6.4.09

Google lance un fonds d'investissements pour booster les start-up

La firme de Mountain View vient de lancer Google Ventures, son fonds de capital-risque, pour aider les jeunes pousses innovantes dans le domaine des nouvelles technologies.
 

Google ajoute une nouvelle corde à son arc : le géant de l'Internet vient de créer son propre fonds d'investissements, Google Ventures.

La firme de Mountain View a indiqué que ce fonds de capital-risque aura pour mission d'allouer des ressources pour le développement des nouvelles technologies : Google Ventures partira à la recherche de start-up innovantes pour les aider à se développer.

"Google Ventures symbolise l'effort de Google dans sa volonté d'utiliser ses ressources pour soutenir l'innovation et encourager les jeunes pousses prometteuses dans les domaines des nouvelles technologies", ont expliqué Rich Miner et Bill Maris, les directeurs associés de cette nouvelle entité.

"En empruntant les bonnes pratiques déjà utilisées par d'autres fonds d'investissements, et en les combinant à notre expertise technique et à la popularité de notre marque, nous pensons que nous pouvons trouver des start up dotées d'un bon potentiel de développement et les encourager à bien s'implanter dans leur secteur d'activité".

Les recherches de Google pour dénicher les jeunes pousses innovantes se concentreront sur des domaines comme, par exemple, les services Internet, les technologies propres, les biotechnologies et les soins médicaux.

Rich Miner et Bill Maris ont aussi expliqué qu'ils comptaient sur les internautes pour les aider à dénicher de nouveaux secteurs prometteurs dans lesquels il serait judicieux d'investir et les aider à trouver de réelles entreprises pleines de promesses.

Les participants intéressés peuvent exposer leurs idées par e-mail à Google, via le site de Google Ventures. "Bien sûr, compte tenu du très grand nombre de courriels que nous recevons, nous ne pouvons pas promettre de répondre à chaque internaute", est-il précisé sur la page d'accueil.

source : http://www.vnunet.fr/news/google_lance_un_fonds_d_investissements_pour_booster_les_start_up-2030473

1.4.09

Ce que les entreprises peuvent apprendre des pays émergents

Les entreprises des pays dits « développés » ont encore une véritable difficulté à appréhender les apports que peuvent leur fournir les entreprises des pays émergents. Longtemps condescendantes, elles voyaient dans les entreprises des pays en développement, au mieux, des partenaires permettant de réduire certains coûts, au pire, de simples copieurs des technologies de l'Ouest. La « mondialisation en un seul sens » en quelque sorte.

L'évolution des marchés, la part croissante des entreprises ayant des filiales à l'international, le poids économique grandissant de ces pays émergents ont changé la donne progressivement. Les spécificités culturelles ont été étudiées et parfois intégrées avec succès. Philippe d'Iribarne montre très bien les cas de TQM au Maroc, l'importance des procédures au Cameroun, des codes éthiques en Argentine, bref une meilleure application qu'en Europe de pratiques de management. Plus encore, les gourous du management ont dû adapter ou aménager leur analyse aux spécificités des pays émergents : Victor Vroom note que les processus de prise de décision diffèrent significativement selon les zones culturelles ; quant à C. K. Prahalad et Hrishikesh Bhattacharyya, ils ont bâti une nouvelle forme d'organisation autour du concept de pays passerelles. C'est souvent la recherche d'une solution à leur écosystème qui force les meilleurs élèves à trouver des modèles économiques nouveaux pouvant inspirer les entreprises des autres pays.

Le mobile bancaire

Un cas d'école depuis deux ans illustre cette tendance. Les pays africains et de l'Asie du Sud-Est sont structurellement des pays à faible taux de bancarisation (moins de 10 % de la population ayant un compte bancaire). En parallèle dans ces pays, le téléphone mobile a connu un succès rapide et sans précédent. Les portables peuvent être des intermédiaires de paiement, voire des substituts aux comptes en banque. Le cas est ici doublement intéressant. Tout d'abord, les pays émergents ont été un laboratoire d'innovation puisque ce sont dans les pays asiatiques (Philippines) et africains (Kenya) que se sont développés avec succès les premiers services de « m-paiement » avant même l'Europe. Ainsi chez Orange, cette innovation a d'abord été lancée en Afrique avant les pays européens.

Mais l'apport essentiel est ailleurs. En effet, non seulement l'innovation est venue des pays émergents, mais elle s'est accompagnée de la construction d'un vrai modèle économique associé (microfinancement et développement d'une activité de microentreprises). Des cas similaires de nouveaux modèles économiques peuvent être identifiés dans d'autres secteurs (par exemple dans le domaine de l'énergie solaire, dans le domaine de la santé aussi).

Trois grandes leçons pour l'avenir peuvent être tirées. Tout d'abord, les pays émergents sont un champ d'exploration et d'innovation pour les entreprises y compris des pays développés. Ensuite, ces nouveautés sont des défis à prendre en compte par les entreprises concurrentes ou les maisons mères : innovation produits, spécificités culturelles des modes de management, respects des procédures.

Réceptacles des besoins

Cependant, dernière leçon, la boucle n'est pas encore bouclée. D'une part, les entreprises des pays émergents sont encore majoritairement les réceptacles des besoins des pays développés (sous-traitance, outsourcing). D'autre part, la collaboration est souvent placée sous le signe de la dépendance (maison mère-filiale, sous-traitance...) ou de la méfiance (non-respect des contrats, fuite des cerveaux, etc.).

L'évolution, somme toute récente, illustre une mondialisation qui n'est plus dans un seul sens, les entreprises des pays émergents pouvant avoir des apports innovants. Il reste encore aux groupes internationaux à mieux intégrer ces changements, audelà des lieux communs et des poncifs, mais aussi tant du côté des entreprises des pays développés que de celui des entreprises des pays en développement, à mieux appréhender les apports réciproques.